terça-feira, 11 de fevereiro de 2014


Peixe Pacu de Seringa e a sua preservação no rio Xingu

                                                          Peixe Pacu de Seringa
                                            

O pacu é um peixe originário de água doce, podendo somente ser encontrado na região amazônica,  chegando a pesar ate 4kg. O pacu de seringa ganhou este nome por causa da fruta da seringueira, que é usado para fisgar o animal. A seringa é um dos principais alimentos do pacu no período de chuva e na cheia do rio. Considerado um animal forte e brigador, o peixe pode ser pescado o ano inteiro, mas os pescadores consideram os meses de março a maio como a melhor época para capturar o pacu. Nesse período o animal pode ser encontrado facilmente junto às copas das arvores e nos barrancos ricos em árvores frutíferas.

Hoje uma das preocupações de biólogos e com a extinção da espécie, que atualmente vive ameaçada de desaparecer por causa da pesca predatória e também, por causa das transformações de sua biodiversidade. Para tentar entender a espécie e também as modificações de seu habitat natural é que biólogos da Universidade Estadual Paulista estão na região estudando o pacu de seringa e outras espécies de peixes. O objetivo observar possíveis alterações na vida do animal com a chegada da hidrelétrica de Belo Monte na região. A pesquisa acontece através do projeto de Biotelemetria, ou seja, os biólogos implantam um aparelho no peixe e através de uma antena ligada a um radio monitoram o animal. 

Em Altamira todo ano acontece um evento voltado para a pesca do pacu de seringa e reúne os amantes da pesca esportiva. O torneio visa proporcionar o lazer consolidando o turismo de pesca esportiva além da convivência ecológica dos municípios através de leis que normalizam a pesca amadora. O evento também garante o combate ao uso de materiais poluentes e predatórios no rio Xingu.

Durante a realização do festival, houve um fórum que discutiu sobre a preservação da espécie no rio Xingu. O assunto foi debatido pelos organizadores do evento, biólogos e também pelos participantes do torneio que são peça chave para a preservação do pacu. Para isso foram repassadas orientações essenciais que ajudariam na captura de forma sadia do peixe.  

Os participantes da XIII edição do torneio teveram por missão chegar cedo ao local da competição.   Em caravana eles seguiram rumo ao rio Xingu em busca de emoção e conhecimento. Além de se aventurar pelo rio na caça do pacu, os competidores tiveram a oportunidade de conhecer o lugar onde à pesca deve ser praticada única e exclusivamente como esporte.  O critério classificatório avaliado pela organização era para tamanho, peso e quantidade. Sendo que o limite de captura era de 8 exemplares por equipe. Nessa edição do festival os competidores tinham a missão de trazer espécies vivas, o que iria ajudar no estudo detalhado da espécie pela universidade estadual de São Paulo.

Ao todo 20 peixes vivos foram soltos no rio Xingu, para conseguir esse objetivo os animais foram topados pelos biólogos, para a preservação da espécie no rio Xingu. Após toda maratona de captura restou aos competidores e prestigiantes do evento saborear o peixe.

Reportagem: Hilda Barros
Imagens: Ronei Santana
Produção: Particular Eventos

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